Mãe é suspeita de espancar o filho com fio elétrico no Povoado Samaúma

A mãe de uma criança de aproximadamente 10 anos é suspeita de ter praticado uma série de agressões que causaram revolta na comunidade do povoado Samaúma, em Santa Helena. De acordo com relatos de moradores, a mulher teria batido no filho com um fio de energia elétrica que tinha um nó na ponta e colocado um pano em sua boca para impedir que os gritos fossem ouvidos. Em um descuido, o menino conseguiu escapar e correu até a casa de vizinhos, ainda com o pano amarrado na boca.

 

O caso não é isolado. A comunidade afirma que a criança sofria maus-tratos constantes dentro de casa. Vizinhos relatam que ele frequentemente comia em outras residências por não ter alimentação adequada. Há também denúncias de que a avó já teria agredido o menino em sua região íntima, batendo com fio em seu pênis, o que chegou a dificultar que ele conseguisse urinar.

 

Após ser resgatado, o menino foi levado ao hospital de Presidente Sarney, onde recebeu atendimento. O Conselho Tutelar de Presidente Sarney foi acionado, que logo solicitou o apoio da Polícia local. A mãe chegou a ser detida, porém, segundo informações do próprio órgão, como ninguém quis registrar denúncia formal na delegacia, a polícia não pôde manter a mãe sob custódia. Além disso, por Samaúma pertencer ao município de Santa Helena, o caso deveria ser tratado pelo Conselho local, que acabou assumindo a responsabilidade.

 

Enquanto isso, a mobilização partiu da própria comunidade. Moradores do Povoado Samaúma expuseram a situação da criança para proteger o menor das agressões. Na noite após a agressão, o menino dormiu na casa de outros moradores para não voltar ao ambiente de violência.

 

Os moradores afirmam que não é a primeira vez que a criança é vítima de maus-tratos e cobram uma atuação mais firme do Conselho Tutelar e da Polícia Civil para garantir sua proteção. “A comunidade toda sabe como ele sofre, é preciso uma solução urgente”, relatou um morador.

 

 

O caso expôs fragilidades na rede de proteção à infância e aumentou a pressão popular para que as autoridades de Santa Helena e órgãos competentes assegurem a integridade física e psicológica da criança.

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